Gás natural: setor pede transparência e coragem regulatória

Homem trabalhando na Estação de Distribuição de Gás de São Francisco do Conde *** Local Caption *** A estação de distribuição de gás - EDG de São Francisco do Condé tem a finalidade de transferir gás natural proveniente da Estação Vandemir Ferreira (com gás da bacia de Manati) e da UPGN Candeias para a RLAM Lorival Barbosa Junior

A revolução do gás natural competitivo prometida pelo governo federal tem totais condições de fomentar a tão necessária recuperação da indústria brasileira e do crescimento da economia. As transformações proporcionadas pelo shale gas nos Estados Unidos dão uma ideia do potencial transformador do insumo. Naquele país, as novas técnicas de exploração proporcionaram não só gás barato para alimentar a produção industrial e o avanço econômico, como a geração de milhões de empregos no início desta década, contribuindo para a superação da crise de 2008.

No caso brasileiro, mais do que inovações na exploração e produção, a perspectiva é avançar na liberação dos mercados, hoje limitada principalmente pela falta da aplicação das regras existentes de defesa da concorrência. Outra barreira é a ausência de legislações estaduais para o funcionamento do mercado livre. É que, assim como no caso da energia elétrica, a negociação direta entre fornecedores e consumidores num ambiente de livre contratação garante alternativas mais econômicas para compradores e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de um mercado consistente, com multiplicidade de agentes.