Um grupo que inclui pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e de entidades da Inglaterra e da Suíça desenvolveu um material cerâmico capaz de resistir a altas temperaturas. Além de suportar o dobro do calor do material atualmente existente no mercado, também tem processo de produção mais barato. O artigo sobre a pesquisa foi premiado em um congresso na Itália.
Segundo o professor do departamento de engenharia de materiais da UFSCar, Victor Carlos Pandolfelli, e coordenador do grupo brasileiro, a inspiração veio da madrepérola, material existente na natureza altamente resistente.
A nova cerâmica é composta por placas de óxido de alumínio, que é chamado de alumina, que têm na interface um composto à base de boro. “Eles reagem entre si, a alumina e o boro, dando aquele fortalecimento desejado na interface”, explica.
Em testes de laboratório, o material resistiu até 1.200°C, o dobro do que foi relatado até hoje que seria de 600°C. Além disso, o processo de produção é mais simples e barato.