A produção de telhas indianas continuará a crescer, com estimativas de 13% em 2020

Segundo o fabricante indiano Prem Narayan Trivedi,presidente da H&R Johnson India e ex-presidente do Conselho Indiano de Cerâmica e Produtos Sanitários, o setor será auxiliado tanto pela recente reforma tributária quanto pela introdução de direitos anti-dumping sobre a importação de telhas da China. No entanto, será dificultado pela volatilidade no preço do gás natural, que responde por 15 a 30% dos custos de produção, e pelo transporte cada vez mais caro, mesmo assim a extimativa é de que a produção de telhasindianas continuará a crescer, com estimativas de 13% em 2020
As exportações também devem continuar sua dinâmica expansionista, o que levou a Índia a dobrar volumes em 4 anos tornando-se o quarto maior exportador do mundo com 24% da produção total destinada ao mercado externo. O crescimento das exportações foi parcialmente ajudado pela capacidade da China de ganhar participação de mercado em países que estavam gradualmente introduzindo com direitos anti-dumping sobre a cerâmica chinesa. Isso tem sido possível graças aos fortes investimentos tecnológicos dos últimos 5 anos, visando a modernização das fábricas, o aumento da capacidade produtiva e a elevação da qualidade dos produtos.
Em novembro do ano passado, o Conselho de Cooperação para os Estados Árabes do Golfo (CCASG) votou a favor da introdução de direitos anti-dumping sobre as importações de telhas da Índia, China e Espanha, estabelecendo para a Índia o maior direito, ou seja, 22,9% contra a China.
Segundo Trivedi, também é muito provável que os preços médios das exportações indianas (hoje entre os mais baixos, em torno de 3 euros/m²) tendem a aumentar: nos próximos 3-5 anos. “As empresas menos estruturadas na Indía sofrerão um aumento acentuado nos custos de produção, tendo que se adaptar a regulamentações antipoluição e trabalhistas mais rigorosas, bem como aos encargos decorrentes da reforma tributária”, informou.